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Hospital Estrela, irmã Teresia Steffens, esteve na Câmara de Vereadores 116n28

Hospital Estrela, irmã Teresia Steffens, esteve na Câmara de Vereadores
Na segunda-feira à noite, a diretora do Hospital Estrela, irmã Teresia Steffens, esteve na Câmara de Vereadores para prestar esclarecimentos. Depois de ser convidada para duas reuniões com a Comissão de Saúde da Casa e, impossibilitada de comparecer, a diretora falou por mais de uma hora aos vereadores. Teresia fez um relato sobre o Projeto da AES Sul, que recolhe valores na conta e rea à instituição filantrópica. “Com o dinheiro arrecadado no município, hoje com 113 clientes cadastrados, foi possível fazer a reforma na lavanderia”, afirmou.

A religiosa também apresentou os números relativos aos atendimentos e procedimentos realizados tanto no Pronto Socorro quanto nos demais setores do Hospital Estrela. Conforme ela, 55% das 450 internações médias/mês são de estrelenses. Sendo que destes, 66% dos internos são pagos via Sistema Único de Saúde (SUS).

Conforme a irmã, o Pronto Socorro é privado, contratualizado pelo SUS. Os recursos são baixos, não cobrindo integralmente as despesas atuais. Mesmo assim, observa, o atendimento é sempre feito. “Quem fala mal da nossa emergência, seria bom visitar Porto Alegre, onde são feitos milagres diários”. 

Caso realize todos os procedimentos autorizados, o HE receberá do Estado R$ 47 mil, já o custo do Pronto Socorro é de R$ 45 mil somente em folha de pagamento. “O custo para manter o Hospital em funcionamento fica em média nos R$ 260 mil”, afirma, questionando quem paga essa diferença. Conforme Teresia, graças a ajuda dos planos de saúde e de outros municípios que mantém parcerias é que o conseguem manter-se abertos.
Hoje são atendidos - por 300 funcionários e mais de 100 médicos (entre celetistas, autônomos e contratados) -, também os moradores de Fazenda Vilanova, Colinas, Imigrante e Westfália. 

Por fim Teresia pediu apoio para a mobilização dos sindicatos e federações para aumentar os valores reados pelo SUS, bem como os rees do Estado e da União. “Gostaríamos de poder colocar dois médicos no plantão do PS, como foi sugerido por essa Casa. Mas, não há recursos para isso”, finaliza. Questionada pelos vereadores sobre possíveis demoras no atendimento, Teresia afirma que a triagem está em funcionamento, agilizando o processo. Enquanto alguns vereadores demonstraram-se satisfeitos com as explicações, outros disseram que ainda são insuficientes para justificar as reclamações recebidas.


ATENDIMENTOS
  • 7% emergências (atropelados, enfartes, convulsões, entre outros)
  • 24% urgência
  • 22% pouco urgente
  • 21% não-urgente
  • 26% acolhimento ainda não classificado (curativo, injeção, atendimento em dias de pouco movimento)

Hospital Estrela 45b69



A Construção do Hospital Estrela-RS


Versão descrita na Poliantéia Comemorativa do 75º Aniversário da Chegada das Irmãs Franciscanas ao Rio Grande do Sul - 1872-1947 – Documento do Acervo da Aepan-ONG.

Texto na Integra:

Com toda a razão afiguram-se-nos muito amigos Santo Antônio e Santa Teresinha, já que ambos dedicaram intenso amor ao querido Menino Jesus.

Santo Antônio, zeloso Padroeiro de Estrela, vendo a miséria em que jaziam os pobres doentes por falta de um hospital provavelmente dirigira-se a Santa Teresinha, pedindo fosse a sua auxiliar, a que Santa Teresinha prontamente anuiu.

Para ter-se a idéia da necessidade urgente de um hospital, abria-se a crônica, onde se lê que uma menina interna, atacada de apendicite teve de ser operada na lavanderia do Colégio Santo Antônio. Três imãs depois de operadas foram transportadas em padiola para casa. Pessoas vindas do interior eram tratadas em hotel.

Há muito o povo estrelense, juntamente com o Rev. Padres Jesuítas da paróquia tinham se dirigido a superioras das Franciscanas, pedindo irmãs para um hospital. O Revmo.p. Hilleshein, sucessor dos Jesuítas, renovou o pedido.

Formou-se então uma comissão de pessoas representativas da Vila que, com grande interesse, se dedicaram à realização do plano. Doaram um terreno no valor de Cr$ 18.000,00, situado em lugar aprazível. Também o Governo Municipal auxiliou generosamente essa obra importantíssima.

Grande foi o contentamento do povo, quando viu coroados seus esforços e elevar-se a construção tão sonhada, que ficou concluída em princípio de 1929. O novo hospital corresponde às exigências da higiene moderna. Em fevereiro vieram as primeiras irmãs, destinadas a formar uma nova comunidade, sendo que nos primeiros meses moraram no Colégio Santo Antônio.

No dia 12 de abril, pela primeira vez, celebrou-se o grande mistério do Sacrifício da Cruz na capelinha.

Com que prazer os habitantes da Vila e arredores se prepararam para festa de inauguração que se realizou num domingo ensolarado de 14 de abril. Todos de alguma forma tinham colaborado com suas posses, como diziam com justo orgulho, “O Nosso Hospital”.

Concluída a Santa Missa, o povo em massa, dirigiu-se jubiloso para o hospital e ouviu os discursos no balcão adjacente. Depois de abertas as portas, tiveram o prazer de irar as instalações.

Uma quermesse organizada no mesmo lugar produziu ainda bom lucro em benefício da nova casa de caridade.

Santa Teresinha, padroeira do Hospital Estrelense, fez timbre de sua proteção. Continuamente derrama rosas de graças sobre sua casa.

Em 1933, colocou-se-lhe ao lado a grande Santa Isabel, eleita Padroeira do Isolamento.

O número de doentes que procuram alívio neste estabelecimento aumenta de ano a ano. Acusava a crônica inicialmente, um movimento de 400 a 500 doentes por ano, número que presentemente (1947) se elevou a 1.000.

Grande consolação para as irmãs é as graças que Deus derrama sobre as almas dos enfermos.

Muitíssimos voltam para suas casas não só curados corporalmente, mas também com a alma regenerada, dispostos a servir a Deus. Quantos pecadores acharam na última hora, o caminho para o salvador, seu único e verdadeiro bem.


Pesquisa: Airton Engster dos Santos

Matéria divulgada no Jornal Folha de Estrela

Coluna: Histórias da Nossa História