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Estrela-RS - Escadaria devolvida para comunidade 6y2o62





Demolição devolve escadaria à comunidade de Estrela-RS

Em novembro de 2009 houve a demolição de um prédio da antiga cervejaria Polar, localizado na Rua Coronel Flores com a Arnaldo J. Diel.
Primeiro com um ato simbólico, o Prefeito Celso Brönstrup e o Dr.Werner Schinke deram a marretada inicial no prédio que estava construído exatamente em cima da velha escadaria.
Celso Brönstrup, prefeito de Estrela disse que “o patrimônio histórico e paisagístico está sendo devolvido para população estrelense”.

A demolição permite o à escadaria do Rio Taquari que deverá receber melhorias transformando-se num verdadeiro ponto turístico.

A escadaria foi construída em 1924 juntamente com o antigo Porto de Estrela e um trapiche que foram utilizados por meio século.

Em 1974, a Indústria de Bebidas Antarctica Polar S.A. recebeu a doação do local da istração municipal da época e a utilizou por 35 anos.


Carnaval em Estrela-RS 51735d




Carnaval em Estrela-RS

O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Tem sua origem no entrudo português, onde, no ado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado a liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.

A história do carnaval em Estrela apresenta figuras notáveis como o Rei Lauro – Rei Momo do município. A marchinha “Tributo a um Rei” foi feita em sua homenagem por Carvalho e Fritsch, consta no LP (Disco de vinil) Isto é Estrela da Banda Municipal de 1982. Na letra o refrão que emociona “Rei Lauro hoje samba no carnaval lá do céu”.

Outra figura de notável talento é Sérgio Werle, artista plástico que criou figurinos lindíssimos para escolas de samba de Estrela. Também o casal Cabeção e Neca que estiveram à frente de escolas premiadas em carnavais regionais. Outros carnavalescos de destaque: Staneslau Hart, Luciana Pereira (destaque da Mensageiros da Alegria), Carlos Alberto Diel, casal Salabico e Noemia (mestre sala e porta bandeira) entre outros.

Mas o carnaval de Estrela apresenta ainda os blocos como o Fu - manchú dos anos 50 ou Marujos da Folia da década de 90. Quando da apresentação nos salões, a orquestra parava para gloriosa entrada dos blocos que faziam o maior sucesso junto aos foliões.

As escolas de samba Mensageiros da Alegria (Sociedade Rio Branco), Falácios em Brasa (Soges), Estrela Independente, XV de Novembro, e mais recentemente Explode Coração fizeram grandes apresentações nas arelas do samba no Vale do Taquari.

Após 22 anos de existência, a Escola Mensageiros da Alegria com 250 componentes, venceu o Carnaval Regional em 1987, sagrando-se Campeã no município de Taquari, com enredo “A Pequena Notável”. Na oportunidade a escola tinha como presidente Carlos Alberto Diel (Carlinhos) e da sociedade Aury Medeiros da Silva.

Em 1988 a Escola de samba Mensageiros da Alegria conquistou o Bi Campeonato em Arroio do Meio. A escola contava então com 450 integrantes tendo como tema “Arco Íris, o Mundo Maravilhoso de Cores”. O presidente da escola era o Senhor Orlando e presidente da Sociedade Rio Branco Carlos Heberle.

A Escola de samba Explode Coração surgiu no carnaval de 2000. Promoveu junto com a Prefeitura Municipal em 2002, o Desfile Regional em Estrela quando conquistou o vice-campeonato.
A Escola de Samba Explode Coração desfilou ainda nos municípios de Encantado, Taquari e Bom Retiro do Sul onde recebeu o troféu de destaque pelo conjunto do desfile.

A história de grandes festas carnavalescas tem prosseguimento em Estrela. A Sociedade Rio Branco promove todos anos as já consagradas noites de carnaval e Baile de Carnaval Infantil com concurso de fantasias.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fonte de dados e imagens:
Memorial da Aepan-ONG



História da Rodoviária de Estrela-RS 4w155r


Estação Rodoviária de Estrela

A primeira Estação Rodoviária de Estrela estava localizada na Rua Fernando Abott, esquina com Marechal Floriano, no prédio onde funcionava o estabelecimento comercial de G. Gaussmann.

Mais tarde foi transferida para Rua Tiradentes, defronte ao Banco Pelotense, sob responsabilidade de Erni Sauer.

Depois assume a gerência o Sr. Oscar Noll e a Rodoviária é novamente transferida para próximo da Soges na Rua Tiradentes.

Quando da construção do Abrigo Municipal inaugurado em maio de 1943 pelo prefeito Cláudio Toledo Mércio, na Praça defronte a Prefeitura e Santuário Santo Antônio, a Estação Rodoviária é instalada no local.

Mas Oscar Noll estava sempre preocupado com o conforto dos ageiros, motivo pelo qual construiu uma nova Rodoviária na Rua Tiradentes ao lado onde hoje funciona a agência do Banco do Estado do Rio Grande do Sul. Em seguida Oscar Noll ou a gerência da Rodoviária para Eugênio Noll e Inácio Lenhardt.

A atual Rodoviária localizada na Avenida Rio Branco, próximo ao trevo da cidade e BR 386 foi inaugurada em 1975. Teve grande incentivo do então Prefeito Gabriel Aloísio Mallmann. Considerada Rodoviária modelo, uma das mais bem estruturadas do Estado na época, com 13 box, ampla área de embarque e desembarque, banheiros confortáveis, lanchonete, restaurante e diversas lojas.

Na década de 1970 os ônibus já eram bem maiores. A cidade de Estrela teve um crescimento populacional jamais visto em tempo algum em função da construção do Porto, Cesa e das agroindústrias Farol e Granóleo. Uma nova Estação Rodoviária era absolutamente necessária para atender as exigências dos novos tempos. Eugênio Noll teve a capacidade de saber entender o momento e entra para história como grande empreendedor.

Hoje já aposentado e gozando de um merecido descanso, na Estação Rodoviária parece se ouvir a voz inconfundível de Eugênio Noll... “Atenção Senhores ageiros com destino..., Favor tomar seus lugares e boa viagem”.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Apoio: Jorge Scherer
Fonte: Clipagem Aepan-ONG
Imagens: Abrigo Municipal; Estação Rodoviária na Rua Tiradentes; Construção da Rodoviária na Av. Rio Branco e Conclusão em 1975.


Feliz Natal Aepan-ONG 6w4f1f


Os cartões de Natal

O costume de enviar mensagens natalinas se originou nas escolas inglesas, onde se pedia aos estudantes que escrevessem algo que tivesse a ver com a temporada natalina antes de sair de férias de inverno e o enviassem pelo correio à sua casa, com a finalidade de que enviassem a seus pais uma mensagem de Natal.

Em 1843, W.E. Dobson e Sir Henry Cole fizeram os primeiros cartões de Natal impressos, com a única intenção de por ao alcance do povo inglês as obras de arte que representavam o Nascimento de Jesus.

Em 1860, Thomas Nast, criador da imagem de Papai Noel, organizou a primeira grande venda de cartões de Natal em que aparecia impressa a frase "Feliz Natal".

Em Estrela não é diferente, no período que antecede o Natal, entidades, comércio, indústria, prestação de serviços, órgãos públicos, autoridades e pessoas da comunidade, em geral trocam felicitações através dos cartões natalinos. Selecionamos algumas mensagens e imagens que foram enviadas através de cartões, em nosso município, nos diversos anos no final do século XX:

1984
Era noite no mundo, noite em Belém. No meio da noite, Uma Estrela... Ele nasceu! E com Ele a vida, a paz, a dignidade o amor aos homens de Boa Vontade! Feliz Natal e Próspero Ano Novo. Deputado Hélio Musskopf e família.

1986
Nestes dias de festa, uma cordial mensagem de amizade com os votos de Feliz Natal e um Ano Novo melhor ainda. Corsan.

Que este cartão de Natal seja o mensageiro de sinceros votos para um Feliz Natal e próspero Ano Novo. Câmara Municipal de Vereadores.

1987
É Natal! Nasce a esperança. Viver o espírito do Natal é revigorar nossas forças, é alimentar a caminhada de nossa classe. 8º Núcleo do ERS.

1988
Que neste Natal as alegrias se renovem em esperanças e realizações. São os votos da Escola Estadual de 2º Grau de Estrela.

1989
O Natal se repete todos os dias. – Onde se procura a verdade; Onde o mundo vive unido em Cristo; Onde as pessoas se amem. Com nosso muito obrigado pela colaboração, desejamos que o Natal seja portador de Paz e o Ano Novo um constante renovador de esperanças. Escola Municipal Odilo A. Thomé.

1990
Natal significa nascer...Gostaríamos que a humanidade não matasse nossa vida preservando o Natal na nossa natureza. Centro Inter Escolar Estadual Estrela.

1991
Jesus nasceu neste Natal. Que a luz de sua doce presença abençoe o Ano Novo. Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Estrela.

1992
Os sinos da esperança ecoam desde Belém, trazendo a clara certeza da vida que vem. Escola Estadual de 1º e 2º Graus Nicolau Mussnich.

Vamos colher os frutos da amizade e semear os ideais de paz e prosperidade com que sonhamos. Creche Municipal Arco Íris.

1993
Siga lutando, Siga em frente. Você está com sinal verde aberto para vida. Faça deste Natal e Ano Novo um marco para delinear seus objetivos. Siga, não esmoreça! Creia que um 1994 mais próspero, feliz e justo espera você. Leonildo José Mariani – Delegado de Educação.

Natal, um brilho no horizonte quando surge uma nova luz: Jesus. Boas Festas. Casa da Criança Estrelense.

1994
No coração uma paz infinita e nesta mensagem nossa certeza de que somente o Amor é capaz de transformar o homem e o mundo. Guinther Wagner – Prefeito Municipal.

1995
Agradecendo as horas compartilhadas em nosso trabalho ao longo de 1995. Desejamos um Feliz Natal e que o Ano Novo traga muita saúde e alegria, para vivermos todos bons momentos. Conselho Municipal de Educação.

1996
E com Ele veio a Paz, o Amor e a Fé. Que a felicidade e a Paz nos acompanhem na noite de Natal e no decorrer de todo Ano Novo. Escola Estadual de 1º Grau Incompleto Madre Branca.

1997
Por mais árdua que seja a luta, por mais distante que um ideal se apresente, por mais difícil que seja a caminhada, existe sempre uma maneira de vencer. Que este Natal traga Paz e a energia necessária para continuar vencendo e fazendo renascer nossos sonhos e esperanças. São os votos da Escola Municipal Leo Joas.

Falando nisso, Feliz Natal e Abençoado 2009...

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Cartões de Natal do acervo do Memorial da Aepan-ONG
Observação: Os nomes das instituições constam conforme denominação oficial da época.

Escravos Negros em Estrela-RS 48475h

Escravos Negros em Estrela-RS

A Fazenda Estrela surge em 1856, justamente quando a questão sobre a mão de obra no Brasil era amplamente discutida. O governo sofria pressões internacionais, especialmente da Inglaterra para dar fim ao trafego ilegal de escravos procedentes da África.

Para suprir as necessidades de mão de obra para produção nas lavouras, o governo monárquico incentivou a imigração alemã e de outras nacionalidades. Os Alemães acabaram povoando e colonizando Estrela.

aram-se 32 anos desde a criação da Fazenda Estrela quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea em 13 de maio de 1888, dando um ponto final na escravidão no Brasil. Neste período foram promulgadas ainda duas outras leis: A Lei do Ventre Livre em 1871, de poucos efeitos práticos, a lei dá liberdade aos filhos de escravos, mas deixa-os sob tutela dos senhores até 21 anos de idade e a Lei dos Sexagenários em 1885 que liberta os escravos com mais de 65 anos.

Na verdade nunca se fez, nem jamais se poderá fazer uma estimativa precisa do número de escravos que trabalhavam nas fazendas localizadas no território de Estrela, entretanto existem alguns registros de batizados de filhos de mulheres escravas, a quem a liberdade deveria ser garantidos em razão da Lei do Ventre Livre.
A Paróquia Santo Antônio realizou 91 batizados (43 meninas e 48 meninos) filhos de cativas entre 1874 e 1887.

Outra curiosidade da época são os inventários dos fazendeiros que registravam a propriedade de escravos que avam para herdeiros. Conforme relatos, em 1880, um jovem escravo em Estrela, valia a soma de 37 bois.

Os imigrantes eram proibidos de possuir escravos. Também eram proibidas as manifestações religiosas africana. Os escravos recebiam formação cristã dos brancos católicos.

A notícia sobre a Lei áurea de 13 de maio de 1888 chegou a Estrela no dia 26 do mesmo mês e ano, cujo livro da Paróquia Santo Antônio registra um sermão em ação de graças para saudar a abolição dos escravos.

Os escravos libertos em Estrela foram morar onde hoje se localiza o bairro Oriental. No interior foram morar em locais conhecidos como cafundós (lugar ermo e afastado, de o difícil, normalmente entre montanhas). A partir da abolição aram a realizar serviços difíceis e pesados que ninguém mais queria na comunidade. aram a compor a camada mais pobre das classes populares. Alguns caíram na miséria da mendicância.

Anos depois ainda havia comemorações no dia 13 de maio, inclusive no Álbum do Cinqüentenário de Estrela consta uma fotografia de um churrasco para festejar a Lei Áurea.

Mas é no vinte de novembro o Dia Nacional da Consciência Negra. A data - transformada em Dia Nacional da Consciência Negra pelo Movimento Negro Unificado em 1978 - não foi escolhida ao acaso, e sim como homenagem a Zumbi, líder máximo do Quilombo de Palmares e símbolo da resistência negra, assassinado em 20 de novembro de 1695.

O Quilombo dos Palmares foi fundado no ano de 1597, por cerca de 40 escravos foragidos de um engenho situado em terras pernambucanas. Em pouco tempo, a organização dos fundadores fez com que o quilombo se tornasse uma verdadeira cidade. Os negros que escapavam da lida e dos ferros não pensavam duas vezes: o destino era o tal quilombo cheio de palmeiras.

O negro deu importante contribuição para nossa cultura e para formação do povo brasileiro. A língua falada no Brasil apresenta número elevado de vocábulos de origem africana. Também devemos aos negros os pratos apimentados.
O folclore brasileiro deve aos negros grande parte de suas características. São manifestações folclóricas de origem africana: danças, o jongo e o samba; instrumentos musicais como a cuíca, a marimba e o berimbau; cerimônias de cunho religioso ligado ao candomblé.

O negro deixou marcas profundas no próprio físico do povo brasileiro. Os mulatos, resultado da miscigenação entre negros e brancos, corresponde a uma parcela significativa da população brasileira de hoje.


Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Referências: “História do Brasil” de Olavo Leonel Ferreira; “O Brasil em Foco” - Joelza Ester Domingues e Layla Paranhos Leite Fiúza; “Resgatando a Formação Étnica do Vale” - Fundação Oswaldo Carlos Van Leeuwen.