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Colégio Martin Luther de Estrela 242259





Colégio Martin Luther

O Colégio Martin Luther foi criado em 1904, após organização da comunidade para criar uma instituição com proposta evangélica.

Entre os pioneiros estavam Júlio Diehl, Luiz Dexheimer, Frederico Poeckel, e Paul Henneberg que foi o primeiro professor.

A partir de 1912 a escola teve como diretor e professor Ernest Dietschi, que ao longo de 39 anos enfrentando dificuldades de toda ordem. Dietschi ficou a frente da instituição até 1951.

Em 1949 foi fundada a Sociedade Evangélica Educacional de Estrela, sob a coordenação de Ito Snel, médico local, que abraçou a idéia de construção de um ginásio de caráter evangélico, para a sede de Estrela, e um prédio correspondente às necessidades de um curso ginasial.

Com a modernização do educandário, no ano de 1951 mudou o nome da instituição de Escola Paroquial Evangélica para Colégio Martin Luther.

A criação da Sociedade Evangélica Educacional de Estrela culminou com a criação do Curso Ginasial, 1952, ponto de partida para a consolidação de um espaço definitivo e importante no quadro educacional estrelense, com alcance regional.

O processo de construção do prédio no Bairro Oriental foi organizado a partir dos trabalhos de várias comissões. Foram vários anos de luta para concretizar o projeto arquitetônico e manter os cursos.

Ainda na década de 50 iniciou o Curso Normal ou curso de Formação de Professores Primários, naquele momento muito valorizado. Foi nesta época que a Escola criou o internato com o objetivo de possibilitar a continuação de estudos a alunos de municípios distantes.

Em 1963 iniciou o Curso de Auxiliar de Escritório e também obteve autorização para o funcionamento do Curso Colegial Científico.

Durante a década de 90 o Colégio redimensionou seu papel social, começando a criar e investir em Cursos Técnicos. Foram criados os cursos pós Ensino Médio em Segurança do Trabalho e Alimentos.

No ano do seu Centenário (2004) o Colégio Martin Luther foi homenageado com um Grande Expediente na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Fonte: IECLB
Imagens Antigas: Aepan-ONG

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História da Paróquia IECLB de Estrela-RS

Vale do Taquari é fortemente marcado pela presença evangélico-luterana. Num raio de 100 quilômetros há 57 comunidades da IECLB que compõem o Sínodo Vale do Taquari.

A edificação das primeiras comunidades na região coincide com a data da imigração alemã.

Ainda no ano de 1856, ano da chegada dos primeiros imigrantes ao município, foi batizada a primeira criança evangélica luterana e apenas sete anos depois, constitui-se a Comunidade Evangélica de Novo Paraíso.

Já a Comunidade de Estrela foi fundada em 01 de maio de 1873 pelo Pastor F. Ha.No ano seguinte foi edificado o primeiro templo evangélico em Estrela.

Os evangélicos luteranos se preocupavam não somente com sua vida religiosa, mas também com a educação de seus filhos. Por isso, ao lado da igreja em 1904 foi fundada a escola paroquial, onde o próprio pastor era também o professor.

Em 1912 foi fundada a Sociedade de Senhoras Evangélicas e dois anos depois, foram consagrados os dois sinos que ainda hoje chamam as pessoas para os cultos. Os sinos no alto da torre da igreja não estão ao alcance dos nossos olhos, mas neles estão gravadas as seguintes frases: “Terra, terra, ouve a voz do Senhor” e “Glória seja a Deus nas alturas”.

Outra data inesquecível desta bela história foi a consagração do segundo templo construído que substituiu o anterior de 1874. No dia 5 de dezembro de 1926, a nova igreja teve suas portas abertas para a comunidade ao som do coro de trombones que tocava do alto da torre: “Alma bendize o Senhor poderoso da glória”. Este templo serviu à comunidade até por 44 anos, quando foi consagrado o templo atual.

A nova igreja teve suas portar abertas no dia 31 de outubro de 1970 pelo então Pastor Presidente da IECLB Karl Gottschald. A igreja da Comunidade Evangélica de Estrela ou por uma grande reforma em 2006, ocasião em que recebeu novo sistema de som e de luz, além de novo teto, piso, bancos estofados e climatizadores.

Fonte: IECLB

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IMIGRAÇÃO ALEMÃ – BRASIL – 500 ANOS DE POVOAMENTO:

Os primeiros imigrantes alemães chegaram no Brasil ainda no reinado de D. Pedro I. Estabeleceram-se no Sudeste e Sul do país onde, a partir de 1824, fundou-se a colônia alemã de São Leopoldo (Rio Grande do Sul).

Somente uma pequena parcela da emigração européia, entre ela a alemã, dirigiu-se para o Brasil: cerca de 4 500 000, num universo de mais de 35 000 000 de emigrantes europeus. O restante se deslocou para os Estados Unidos, Uruguai, Argentina, Austrália e para outros destinos.

A emigração alemã, como toda a emigração européia, se explica pelas grandes transformações sócio-político-econômicas por que ou a Europa no século XIX. Sem dúvida, entretanto, a consolidação do Estado nacional alemão foi de primordial importância para o crescimento do fluxo emigratório. Acrescente-se a isto o fato de que no Brasil do século XIX abriram-se excepcionais condições favorecendo a imigração européia. De fato, na segunda metade daquele século, chegaram os imigrantes europeus com a finalidade de prover mão-de-obra para as lavouras do café e fornecer camponeses para núcleos coloniais que iam sendo criados pelo governo brasileiro.

A origem e a composição regional dos grupos de imigrantes alemães dependiam, em muito, dos critérios e preferências dos agentes da emigração na Alemanha, enquanto o seu destino no Brasil ficava nas mãos dos receptores brasileiros que os distribuíam, considerando habilidades, interesses (geo)políticos e econômicos.

Foi notável a diversidade e heterogeneidade cultural dos grupos de alemães que aportaram no Brasil no século XIX. Eles vieram para povoar, preferencialmente, as colônias das Regiões Sudeste e Sul do país, onde foram estabelecidas, por iniciativa do governo imperial, as colônias de São Leopoldo (RS), São Pedro de Alcântara e Mafra (SC) e Rio Negro (PR). Ainda no século XIX, os colonos alemães foram conduzidos também para outras regiões do país, como Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.

Os imigrantes e seus descendentes mantiveram uma forte ligação com a cultura e a sociedade de origem, apesar das pressoes no sentido de sua integraçao pressões no sentido de sua integraçao à vida nacional.

De fato, com uma identidade étnica bem definida, os alemães, como os outros grupos de imigrantes, também foram assimilados e aculturados pela sociedade local.

Entre eles, pouco a pouco, os traços de germanidade tornaram-se mais débeis. A língua alemã ou a ser falada menos em público. Diminuíram também as atividades das sociedades e clubes recreativos. A educação ou a ser feita na língua portuguesa. Em certos meios, ser alemão ou a assumir uma conotação inferior, de negação ou de exclusão.

A escola
Um dos exemplos mais significativos de resistência cultural foi a criação e a manutenção de escolas alemãs vinculadas a comunidades evangélicas e católicas nas colônias.
Tendo os imigrantes vivido isolados durante algumas décadas, as primeiras escolas e igrejas foram organizadas por eles mesmos.

Em torno da escola, como também da igreja e de associações, o apego às tradições e a preservação de elementos culturais se estendeu a diversas gerações, persistindo mais ou menos até os dias atuais. Pode-se afirmar que alguns dos elementos de preservação e difusão da língua, identidade e cultura alemãs por parte dos imigrantes e descendentes, referem-se à escola comunitária, à imprensa, à ênfase no associativismo, na organização das comunidades religiosas, dentre outros.

A imigração e a colonização alemã no Brasil tiveram um importante papel no processo de diversificação da agricultura e no processo de urbanização e de industrialização, tendo influenciado, em grande parte, a arquitetura das cidades e, em suma, a paisagem físico-social brasileira.

- O imigrante alemão difundiu no Brasil a religião protestante e a arquitetura germânica; contribuiu para o desenvolvimento urbano e da agricultura familiar; introduziu no país o cultivo do trigo e a criação de suínos. Na colonização alemã, não se pode negar, está a origem da formação de um campesinato típico, marcado fortemente com traços da cultura camponesa da Europa Central.

- No domínio religioso, há de se reconhecer a influência dos pastores, padres e religiosos descendentes de alemães. Várias igrejas luteranas foram implantadas com a chegada dos imigrantes e o próprio ritual católico adquiriu certas especificidades nas comunidades alemãs.

- A vida cultural dos imigrantes também teve um papel importante na formação da cultura brasileira, especialmente no que diz respeito a certos hábitos alimentares, encenações teatrais típicas, corais de igrejas, bandas de música e assim por diante. Exemplo caracterstico é a Oktoberfest que, a princípio, surgiu como uma forma de manifestação contra as atitudes tomadas pelo Estado Novo em proibir atividades culturais que idenficassem a germanidade. Hoje, ela é uma festa que simboliza a alegria alemã, tendo incorporado, com adaptações e modificações, a gastronomia, a música, a língua alemãs.

Este texto foi extraído do livro Brasil : 500 anos de povoamento /IBGE, 7o. capítulo "Imigração alemã: formação de uma comunidade teuto-brasileira" de Valdir Gregory.

Estrela-RS - Imigração Alemã 4h22

Imigração Alemã

Estrela é o município mais antigo do Vale do Taquari. Foi pelo Rio Taquari que aqui chegaram os colonizadores que desbravaram a mata virgem e aram a colonizar esta terra. Os primeiros imigrantes vieram da região de São Leopoldo e São Sebastião do Caí. Chegaram em Estrela por volta de 1856 e se fixaram nas fazendas, nas picadas, como Picada Grande (Novo Paraíso), Arroio do Ouro e Boa Vista.

Os pioneiros da imigração alemã vieram dispostos a enfrentar as dificuldades que não foram empecilho para cultivarem as tradições que trouxeram da pátria de origem.

Os alemães apareceram entre os primeiros imigrantes europeus que vieram para o Brasil. Já em 1824 chegavam a São Leopoldo. De 1817 a 1847, chegaram 8.176 imigrantes alemães, atraídos por promessas de terras para o cultivo, ajuda de custo e de equipamentos por parte do governo para colonização de grandes áreas de terras.

As promessas não se cumpriram e os colonos imigrantes se viram abandonados à própria sorte, obrigados a enfrentar, sem recursos, a mata virgem, o clima, o povo e a língua desconhecida, problemas de saúde, de adaptação, de isolamento e muito mais.
Em 1859 o governo alemão proibiu a vinda de novos imigrantes para o Brasil, por descumprimento das promessas por parte do governo brasileiro.

A boa vontade do governo esbarrava na intransigência dos latifundiários que queriam mão-de-obra barata para suas fazendas e não pequenos proprietários.
Com tais dificuldades, os alemães preferiram então emigrar para os Estados Unidos, Uruguai, Chile e Argentina.

Vindos para o Brasil, os alemães trouxeram também seus costumes, seus gostos, sua cultura, suas tradições. Apegados a terra natal mantiveram o uso da própria língua e, especialmente no interior desenvolveram círculos fechados, buscando proteger-se e superar dificuldades.

Embora a grande maioria dos imigrantes alemães se registrasse como agricultores para atender a exigência do governo brasileiro, muitos deles preferiram ficar nas cidades, ou abandonavam logo o trabalho da terra, em vista dos poucos recursos de que dispunham.

Nas cidades aram a desenvolver habilidades e ofícios artesanais aprendidos na terra natal.

Uma das características foi a rápida reprodução, fato que veio a compensar o pequeno número que aqui se estabeleceu. Ao chegarem à segunda ou terceira geração, já se formavam verdadeiras ilhas culturais. O maior número de filhos representava também mais força de trabalho e conseqüentemente maiores possibilidades para progredir. Reuniam-se em torno da capela, inicialmente católica, e, depois, também luterana e de outras confissões protestantes.

Davam valor ao ensino e formação das novas gerações, por isso construíram e sustentaram as escolas comunitárias.

Conservavam e transmitiam aos filhos seus costumes, tradições e valores, demonstrados na vivência da fé, no amor ao trabalho, na preservação da unidade familiar, nas festas populares, com música e danças alemães, trajes característicos, comidas típicas e apresentações artísticas.

É inegável a contribuição da cultura alemã para o desenvolvimento brasileiro. Assumindo a agricultura, os colonos imigrantes conferiram maior dignidade ao trabalho braçal, antes desenvolvido somente por escravos.

Introduziram novas técnicas como o arado e o cultivo de novos produtos.

Desenvolveram a pequena propriedade rural. Formaram verdadeiras colônias que evoluíram para cidades. Aceleraram o processo de industrialização com experiências trazidas da Europa. Participaram da criação do sindicalismo e cooperativismo brasileiro. Desenvolveram o ensino através de escolas e universidades. Deram grande impulso as artes, à arquitetura, à medicina entre outras ciências.

Imigração alemã no Brasil por décadas de 1824 a 1969Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Imigração Alemã
Décadas - Imigrantes
1824-1847 - 8,176 Imigrantes
1848-1872 -19.523 Imigrantes
1872-1879 - 14.325 Imigrantes
1880-1889 - 18.901 Imigrantes
1890-1899 - 17.084 Imigrantes
1900-1909 - 13.848 Imigrantes
1910-1919 - 25.902 Imigrantes
1920-1929 - 75.801 Imigrantes
1930-1939 - 27.497 Imigrantes
1940-1949 - 6.807 Imigrantes
1950-1959 - 16.643 Imigrantes
1960-1969 - 5.659 Imigrantes

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Referências: Revista Mundo Jovem 1991, Estrela 119 anos de Emancipação, IBGE e Museu Histórico Visconde de São Leopoldo.