Velhos Brinquedos, Novas Saídas - Por Belkis Carolina Calsa - Advogada e Professora 3g4m2o



Velhos Brinquedos, Novas Saídas

Por Belkis Carolina Calsa - Advogada e Professora


Se pudesse oferecer esta reflexão para algo ou para alguém, ofereceria aos meus velhos brinquedos que morreram queimados há cerca de uma década, num galpão velho que meu pai mantinha junto à horta.


Penso neles com a alma como que desabituada do mundo, com melancolia de um tango antigo. Aqueles brinquedos mantinham meu coração eternamente infantil. A infância é a grande metáfora do tempo. “Perdeu-se nos desfiladeiros da névoa, por tempos reservados ao esquecimento, nos labirintos da desilusão”. (Cem anos de Solidão – G.G. Marquers).


Quero falar aqui, brevemente, da importância do brinquedo na construção da subjetividade. Não vou entrar em detalhes. Não pensarei Schopenhauer que afirma haver no homem à ilusão da individuação, que isso certamente responde por egoísmo e é, portanto, a raiz de todo o mal.


O brinquedo é fundamental para que o sujeito conheça a si mesmo, indiferentemente se é praticado no coletivo ou no aspecto individual. O homem se constrói desta maneira, brincando!


O brinquedo constrói o conceito. O brinquedo afasta o medo.


Subjetividade é construção íntima que depende dos contatos do sujeito com o mundo dos objetos, vivos e inanimados. Este contato vai construindo os espaços interiores do sujeito onde efetivamente estará configurado quem ele é.


Tanto o brinquedo é importante neste aspecto pedagógico, que toda uma cultura nele está fundamentada. Há inúmera literatura enaltecendo o incentivo que devem dar os mestres, para ludicidade em sala de aula, nas primeiras séries do curso fundamental.


Ninguém ignora que o brinquedo coletivo desenvolve hábitos de sociabilidade necessários para o convívio harmônico do sujeito com seus semelhantes e, portanto, intersubjetivo, bem como o do sujeito com ele mesmo, e neste caso, sua subjetividade.


O brinquedo que serve para folguedos individuais, longe de fomentar o egoísmo, me parece ser o mais indicado para tentativa de reverter casos graves de desvio de conduta, como no lido de menores infratores. E ninguém parece estar preocupado com isso: Auto-estima e subjetividade. Ambas andam de mãos dadas.


O problema parece ser de que essa criação recente da subjetividade, vinda da individuação do sujeito frente ao grupo, inexistente na idade média, encontra-se hoje ameaçada de esmagamento, de extinção, pela globalização. O marketing é por demais agressivo, a disputa de mercado abusiva. É impossível o recato, qualquer que seja, todos estamos expostos a tudo. Onde fica a liberdade? Onde fica a subjetividade? Desapareceram! É aí que deve entrar a força do brinquedo, na construção deste ideal de intimidade consigo mesmo, e que pode salvar a sanidade mental do sujeito homem.


Existe uma natureza humana? Não sei, mas existe uma natureza brincalhona, no gatinho nascido na última ninhada e no homem que se arrasta de bengala pela calçada.


É possível estabelecer uma relação entre verdade e subjetividade? Para Kierkegaard, citado por Rubem Alves, sim, pois “verdade é subjetividade”. E continua: “É que a verdade habita o mundo do determinismo e os poemas constituem o mundo da liberdade”. E diz ainda mais, que “O poema interdita o dogmatismo por ser, no fundo, uma confissão”. Sendo assim podemos concluir que o poema é o brinquedo do poeta.


Que tal brinquedo serve para esclarecer o que jaz no subconsciente, sendo assim fundamental para a construção da subjetividade. É uma espécie de ado pacificado pelo presente, a infância pela adultez constituída subjetivamente pelo poema-brinquedo.


Belkis Carolina Calsa

Advogada e Professora

Belkis Carolina Calsa é a nova Coordenadora de Cultura de Estrela-RS 1f3t27

3v1x1g

Estrela - Belkis Carolina Calsa assumiu, no início da semana, a coordenação municipal de Cultura. A posse ocorreu nas dependências do Centro de Cultura e Turismo Bertholdo Gaussmann, com a presença dos servidores do órgão; da secretária de Educação, Cultura e Turismo (Smectur), Juliana Moraes e sua assessora, Léa Barth.

A coordenadora possui três formações de nível superior: Pedagogia, Direito e Filosofia. Além disso, Belkis Carolina Calsa realizou pós-graduação (especialização) em Ética. Foi educadora por 33 anos, inclusive diretora da Escola Estadual de Estrela, e vereadora na legislatura 1988/92.

“Me senti acolhida”, diz a nova coordenadora, com alegria estampada no rosto. Segundo ela, o primeiro o será conhecer as atividades que estão em andamento. “Depois vamos implementar novos projetos, sempre discutindo em grupo e contando com o aval do prefeito Celso Bronstrup”, promete Belkis. Por outro lado, o Departamento de Turismo da Smectur segue sob a coordenação de Juliana Jasper. Ambos os departamentos (Cultura e Turismo) funcionam nas dependências do Centro de Cultura e Turismo Bertholdo Gaussmann, no Centro da cidade.


Reunião do IBGE com comunidade estrelense discutiu o Censo 2010 5h204y





3v1x1g

Reunião do IBGE com comunidade estrelense

discutiu o Censo 2010


Na terça-feira, dia 11 de agosto de 2009, tendo por local a Centro de Cultura Bertholdo Gausmann em Estrela, foi formada a Comissão Municipal de Geografia e Estatística.


O objetivo primeiro da CMGE é dar cobertura aos trabalhos de levantamento e mapeamento que o IBGE está realizando visando o Censo de 2010.


Na primeira fase serão apresentados ao CMGE os mapas que irão orientar a coleta de dados e ajudar a localizar áreas para levantamento de dados.


É responsabilidade também da Comissão cuidar para que nenhuma pessoa fique fora do Censo.


Os questionários que serão aplicados levarão em média 20 minutos por domicílio para serem respondidos. Porém será feito uma amostra em 10% dos domicílios nos quais o questionário será mais complexo e tempo de realização será aproximadamente de 50 minutos.


Também os membros da Comissão deverão divulgar a realização de concursos para contratação de pessoal para realização do Censo. Acionar a imprensa para divulgar o Processo Seletivo e o próprio Censo. Para Estrela serão cinco mensalistas os quais serão contratados através de concurso público que será realizado ainda em 2009. Também 28 recenseadores no ano que vem. O Censo terá início em agosto de 2010.


Estrela será sub-área de oito municípios cujo coordenador é Paulo Hamester e coordenador de área é Jones Bianchetti para 40 municípios. Um escritório será montado para dar e aos trabalhos de campo, com internet por onde os dados coletados por PDA serão enviados para o Rio de Janeiro.


O Censo Demográfico vai apurar quantos somos, quem somos e como somos. Para tamanho desafio o IBGE vai enviar material de apoio para todas escolas brasileiras com informações sobre a importância do Censo.


A Comissão Municipal de Geografia e Estatística vai acompanhar os trabalhos desde a fase de preparação até o final com a divulgação dos resultados, sempre dando e e facilitando para que os dados finais do Censo 2010 representem a realidade de nosso município.


Airton Engster dos Santos

Resumo Histórico de Estrela - Rio Grande do Sul r1d1v

3v1x1g

Resumo Histórico de Estrela-RS


Foi criada colônia do município de Taquari em 1856; Freguesia em 2 de abril de 1873; instituída canonicamente em 11 de agosto de 1873. Elevada a categoria de Vila por Lei Provincial em 20 de maio de 1876, sendo instalado município em 21 de fevereiro de 1882.


O ato de 9 de maio de 1882 criou uma delegacia de polícia Na Vila Santo Antônio da Estrela.


O primeiro vigário da freguesia foi o padre Francisco Schleipen, que celebrou a primeira missa em 24 de agosto de 1873.


A instalação da Vila foi feita pelo presidente da Câmara Municipal de Taquari João Caetano Pereira, que deu posse aos vereadores eleitos: Henrique Theodoro Rohenkohl, Patrício Antônio Rodrigues, Jorge Carlos Lohmann, Tristão Gomes da Rosa, Miguel Ruschel, Bento Manoel de Azambuja e Luis Paulino de Moraes.


Em 7 de janeiro de 1887 tomou posse a segunda legislatura ficando assim constituída: Bento Manoel de Azambuja, Henrique Theodoro Rohenkohl, Patrício Antônio Rodrigues, Adolpho Martins Ribeiro, Joaquim Alves Xavier, Pedro Schneider e Antônio Victor Menna Barreto.


Com implantação de novo regime, foi organizada uma ajunta istrativa constituída pelos cidadãos Luiz Paulino de Moraes, Jacob Schiller e Luiz Jaeger que tomou posse em 13 de janeiro de 1890.


Substitui-a nova junta, formada pelos cidadãos Bento Rodrigues da Rosa, Henrique Hamerle e Luiz Jaeger.


Do presidente da junta, Rodrigues da Rosa, partiu a iniciativa de conseguir do Estado a adoção da bandeira da República Rio-Grandense.


Em 15 de outubro de 1891, foi eleito o primeiro conselho que deveria organizar o município, fazendo parte do mesmo: Julio May, Jacob Schenke, , Henrique Arnt, Nicolau Gerhardt, João Ubaldo Nery, Jacob Wiedt e Miguel Ruschel.


Texto: Airton Engster dos Santos

Colaboração: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa



Estrela-RS - Comunicações na década de 1920: 6d1p19


3v1x1g

Comunicações na década de 1920:


O município contava com estação telegráfica na Vila de Estrela, centro telefônico e agência de correio na Vila e em Pinheiro Machado, Roca Sales e Corvo.


Jornais


Na Vila de Estrela se publicou durante algum tempo o jornal “O Regional”. Em 1922 publicavam-se os jornais “Correio da Estrella” e “Estrellense”.


Texto: Airton Engster dos Santos

Colaboração: Jorge Scherer, Belkis Carolina Calsa e Lilia Ruwer


Aspectos Sociais de Estrela-RS – Década de 1920 5c4657

3v1x1g

Aspectos Sociais de Estrela – Década de 1920:


Educação

O município de Estrela contava nesta época com grande número de aulas, públicas e particulares com uma população escolar superior a 2.000 alunos.


Dentre os colégios particulares destacava-se o Santo Antônio que era dirigido por freiras.


Sociedades:


Já nesta época havia grande número de sociedades recreativas, literárias, canto e música, tais como: Sociedade Ginástica, Sociedade Musical Santa Cecília, Foot-ball, Sociedade de Tiro Brasileiro, Comunidade Católica de Estrela, Socieda Evangélica de Estrela, Deuttscher Sängerbund, Gesangverein Frohsinn, Gesanverein Eintracht, Gesangverein Brudersinn, Gesanverein Lyra Misst, Deutsche Gemeinde Teutônia Nord, Bauern-Verein Estrelenser, etc...


População e Edificações:


Em 1900, o município de Estrela contava com uma população de 15.923 habitantes; Em 1921 existiam 22.938 habitantes.


O número de prédios em 1918 era de 3.400 e em 1921 subiu para 3.600 em todomunicípio.


Vila de Estrela na década de 1920:


A Vila de Estrela contava com as seguintes ruas na década de 1920:

Dr. Júlio de Castilhos,

Dr. Borges de Medeiros,

Senador Pinheiro Machado,

Coronel Thomaz Flores,

Dr. Fernando Abbott,

Tiradentes, Venâncio Aires,

Chachá Pereira,

13 de Maio,

Marechal Deodoro,

Dr. Tostes,

Ernesto Alves,

15 de Novembro,

Marechal Floriano,

Geraldo Pereira,

Coronel Müssnich,

Campos Salles,

Joaquim Nabuco,

Rio Branco,

General Osório

Dr. Carlos Barbosa,


Texto: Airton Engster dos Santos

Colaboração: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa


Dados Gerais da Vila Estrela – Sede do município fim século XIX início século XX: 6f2s4e



3v1x1g

Dados Gerais da Vila Estrela – Sede do município fim século XIX início século XX:

O número de prédios era de 90 em 1888; 184 em 1911; 225 em 1913; 300 em 1921.


A população da Vila Estrela era de 1.057 habitantes em 1911; de 2.088 em 1921.


Os principais edifícios no início do século XX eram: Igreja Matriz Santo Antônio; Intendência Municipal; Sociedade Ginástica; Colégio Santo Antônio; estabelecimento comercial de Mathias Schneider; Casa de Saúde fundada pelo Dr. Campelli, fábrica de cerveja de Kortz & Dexheimer; Usina Elétrica de Ruschel e Irmãos; fábrica de sabão Costa & Cia; fundição Wirtz & Cia.


A Vila Estrela contava com estação telegráfica e centro telefônico municipal, agência do correio.


Era iluminada pela firma de Ruschel e Irmãos.


A Vila Estrela era progressista, industrializada, movimentada com ótimas edificações, bons hotéis, duas grandes clínicas com hospitais e farmácias, porto de grande movimento, uma bela localidade de colonização alemã.


As ruas centrais eram bem cuidadas, algumas já calçadas com pedras e eios de laje.


Uma bonita praça bem arborizada chamada Benjamin Constant. No largo da praça ficava a Intendência Municipal, Igreja Matriz Santo Antônio, hotéis, bancos, casas comerciais, cafés, bilhares, barbearias, etc...


O comércio da Vila era representado por importantes casas e indústrias de tecidos, fundição, sabão, cerveja, móveis, caramelos, café, etc...


As maiores construções eram a Sociedade Ginástica e Colégio Santo Antônio.


A Vila de Estrela era muito movimentada com pessoas chegando diariamente em sua grande parte para atendimento nas clínicas especializadas existentes na localidade.

Os cinco hotéis existentes na Vila Estrela estavam sempre lotados, provando desta forma a grande presença de forasteiros.


O lugar era muito aprazível com população alemã e teuta era ordeira, laboriosa e progressista.


Texto: Airton Engster dos Santos

Colaboração: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa.

Estrela - Rio Grande do Sul - Comércio e Indústria na década de 1920 - Século XX 3h2119


3v1x1g

Comércio em Estrela-RS nos Anos 1920-1930


O comércio era próspero contado o município nesta época com mais de 150 casas comerciais, com um total superior a 4.500 contos de réis de capital.


Os principais estabelecimentos eram: Mathias Schneider, Luiz Müssnich, José Luiz Ruschel, Leopoldo Dreyer, Albino Closs entre outros...


Estrela era considerado em centro industrial


Contava na década de 1920 com os seguintes estabelecimentos industriais: fábrica de sabão e sabonete Costa; fábrica de Móveis Nils & Cia; fábrica de Cerveja de Kortz & Dexheimer; moinho Ruschel e Irmãos; oficinas mecânicas de Otto Thimming e Bruno Schwertner; fábrica de licores de Kortz & Cia; fábrica de licores e vinagres de Reinoldo Schwambach; fundição de Wirtz & Cia; fábrica de banha de Albino Closs e Cia; diversos moinhos, serrarias, fábricas de laticínios. Possuía na época 53 fábricas com um capital de 1.207:114$500 e uma produção avaliada em 2.512:955$000.


Compra e venda de produtos:


Os principais produtos exportados eram: banha, milho, feijão, alfafa, farinha de mandioca, lentilha, favas, carne de porco etc.


Importava produtos manufaturados, ferragens, louças, açúcar, sal, querosene, gasolina, etc...


Meios de transporte:


O município possuía um sistema de navegação sendo que os portos de Estrela eram diariamente visitados por vapores, gasolinas, e outras embarcações.


Varias eram as estradas para carroças ligando o município aos distritos e outras cidades vizinhas.


Receitas de Estrela:


A riqueza pública em 1920 foi avaliada em 33.462:000$000.


As rendas do município atingiram em 1918 a 169:086$000, em 1922 calculada em 300:000$000. Existiam na época 2.500 contribuintes.


Texto: Airton Engster dos Santos

Colaboradores: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa


Produção agrícola e animal – Estrela-RS – Década 1920 3u6t4g


3v1x1g

Produção agrícola e animal – Estrela – Década 1920


O município de Estrela ocupava uma superfície de 75.000 hectares em 1920.


A área tributada atingiu 72.689 hectares, no valor venal de 10.617:780$000, contando 3.695 contribuintes.


A agricultura representava maior fonte de riqueza do município.


O Censo Agrícola de 1920 apurou os seguintes dados:


Produção Agrícola:

696.060 sacos de milho,

40.286 sacos de feijão,

16.205 sacos de trigo,

2.824 sacos de arroz,

2.183 sacos de cevada,

2.020sacos de centeio,

4.200 sacos de aveia,

8.150 sacos de amendoim,

85.240 sacos de batata inglesa,

3.520 sacos de favas,

1.525 sacos de lentilhas,

302.120 sacos de farinha de mandioca,

1.250 arrobas de fumo.


Produção Animal:

23.858 bovinos,

11.601 Equinos,

2.105 muares,

232.518 suínos,

925 ovinos,

658 caprinos,

309.360 galinhas,

3.215 patos,

3.876 gansos

1.856 marrecos,

843 galinhas angolanas,

362 perus.


Texto: Airton Engster dos Santos

Colaboradores: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa



Município de Estrela - Rio Grande do Sul – Primeiros Anos do Século XX 5l5e2t


3v1x1g

Município de Estrela – Primeiros Anos do Século XX


O município de Estrela possuía os seguintes limites em 1922: Ao sul: município de Taquari; a leste: Montenegro, Garibaldi e Bento Gonçalves; ao norte: Guaporé; a oeste: Encantado e Lajeado.


O território de Estrela era considerado acidentado sendo que as maiores elevações estavam localizadas nos distritos de Pinheiro Machado, Boa Vista, Roca Sales e Corvo. Também com riquíssimos vales, muito povoados e aproveitados pela agricultura. Uma bela várzea ao longo do Arroio Boa Vista.


Um excelente sistema hidrográfico, sendo regado pelo Rio Taquari, e pelos arroios Boa Vista, Campinho, Encantado, Augusto, Conventos Vermelhos, Pirolin, Garnizé, Seca, Corvo, Corvinho, Beija-Flor, Lengler, Arsenal ou Costão, Estrela ou Grande, Ouro, Areia, Bom Retiro, Glückckauf, Schmidt, Tempas entre outros.


No Rio Taquari contava com os os de São Miguel, Wendt, São Gabriel, Estrela, Boa Vista, Costão, Barra da Forqueta, Arroio do Meio, Corvo, Heineck, Barra das Palmas, Encantado, General Osório, etc...


Contava com os portos de Arroio do Ouro, Estrela, Fundição, Costão, Corvo, Barra da Seca, Roca Sales, Arroio Augusto, Encantado e Campinho.


No território de Estrela à época estavam os morros de Boa Vista, Glückauf ou Teutônia, Roncador, Roncadorzinho, Bicudo, Bicudinho, Teufelsberg, Ano Bom, Seca, Beija-Flor, Capivara, Catharina, Zucker Klumb, Pereira, etc...


Estudo Político - istrativo


A Lei Orgânica em vigor era de 1892.

Estrela pertencia ao primeiro distrito eleitoral federal e seu eleitorado em 1922 era de 1.320 eleitores federais e 2.900 estaduais.


Compunha o município cinco distritos, a saber: Estrela, Pinheiro Machado, Roca Sales, Corvo e Boa Vista.


A Lei Provincial nº 1.865, de 17 de junho de 1889, criou a Comarca de Estrela que foi extinta em 1892. Em 1922 o município fazia parte como 2º termo da Comarca do Vale do Taquari, com sede na Vila de Lajeado.


O município pertencia a Arquidiocese de Porto Alegre, e contava com as paróquias de Santo Antônio, criada por Lei Provincial nº 857, de 2 de abril de 1873 e instituída canonicamente em 11 de agosto de 1873; a de Roca Sales criada por provisão em 5 de janeiro de 1909.


Além das matrizes o município contava com as capelas católicas de São Vito na Picada Grande ou Novo Paraíso; São Francisco Xavier na Glória; Sagrado Coração de Jesus em Corvo; São Miguel na Geraldo; Nossa Senhora do Rosário no Arroio Augusto; Santo Izidro no Campinho entre outras...


Contava com os seguintes templos luteranos: Vila Estrela, Picada Novo Paraíso, Picada Schmidt, Teutônia Sul, Teutônia Norte, Picada Germano, Corvo, Roca Sales, Picada Seca e Picada Fazenda Loohmann.


Tinha também nesta época uma Loja Maçônica Luz da Teutônia.


Até então o município havia sido istrado por: Coronel Joaquim Alves Xavier, Pérsio de Oliveira Freitas, Coronel Francisco Ferreira de Brito, Tenente Coronel Nicolau Müssnich e Coronel Manoel Ribeiro Pontes Filho reeleito duas vezes.


Airton Engster dos Santos
Colaboração: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa

Município de Estrela - Rio Grande do Sul – Início Século XX - Considerações Gerais 2o1658


3v1x1g

Município de Estrela – Início Século XX

Considerações Gerais:


Numa sintese não é possível dar uma idéia precisa do que foi o município de Estrela no início do Século XX, com sua grande capacidade produtora.


Essa idéia só pode ter quem pesquisa nos diversos livros que tratam do assunto, estudando a luz do que era produzido, do que possuía e acreditava sua coletividade.


Do ponto de vista agrícola, o que se via, desde logo, é de que as terras que dispunha Estrela eram esplendidas, prestando-se de maneira irável, a produção das mais variadas espécies de culturas.


A agricultura, base da riqueza do município de Estrela era muito adiantada tendo no aspecto colonial a grande força impulsora das lavouras em todas localidades.


Era irável a fertilidade das terras próprias para agricultura cujo fator natural de irrigação sempre contribuiu.


A maior produção agrícola do município era de milho, mandioca, trigo, arroz, fumo entre outras.


A indústria pastoril, por outro lado, também gerava retorno aos produtores.


As terras não cultivadas às margens dos rios e arroios que banham o município eram utilizadas para criação animal, sendo que suas pastagens, querem por sua qualidade, variedade e abundância eram das melhores da região.


A criação de bovinos era destacada no município.


Também importante destacar atuação dos es, especialmente do Intendente Manoel Ribeiro Pontes Filho, considerado inteligente, ativo, patriota e bem intencionado. Estrela muito lhe deve por notáveis feitos.


Uma terra rica e bem istrada, assim era Estrela no início do Século XX.


Outra causa para o crescimento de Estrela naquela época, com franca prosperidade, era sem dúvida nenhuma, o seu ótimo sistema de viação no Rio Taquari e estradas para carroças que ligavam o município com outras localidades. Tudo isso favorecia o escoamento da produção de sua indústria e da agricultura.


As comunicações por via fluvial com a capital do Estado e municípios ribeirinhos eram diárias sendo que o Porto de Estrela era visitado por grande número de embarcações, quer vapor, quer a gasolina que aqui chegavam e saiam constantemente, transportando mercadorias e ageiros.


Quanto ao sistema de viação terrestre, era mantido pela istração pública que procurava melhorar e conservar as estradas constantemente. De quando em vez encontrava apoio do governo do Estado do RS.


Estrela possuía também um bom sistema de pontes e pontilhões de rodagem, implantados nas estradas de maior movimento, cortadas por cursos de água, por onde avam carroças e cavalos transportando as riquezas produzidas na zona colonial.


A população de Estrela era considerada religiosa, trabalhadora e ordeira.

Estrela já possuía ótimos templos religiosos e magníficas escolas.


Com todo esse patrimônio moral e material a grandeza de Estrela era incalculável.


Airton Engster dos Santos


Colaboração: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa

Clinica para Cirurgia Dr. Emílio Welke Estrela-RS – primeiros anos século XX 3l2q3a

3v1x1g

Clinica para Cirurgia Dr. Emílio Welke

Estrela-RS – primeiros anos século XX


Esta importante clínica que antes pertenceu ao Doutor Campelli foi por esse cirurgião estabelecida em 1912, na então Vila da Estrela.


O Doutor Welke competente clinico e cirurgião alemão adquiriu a clinica que dispunha de salas cirúrgicas séptica, de esterilização, exame de olhos, garganta e consultório médico.


Estava devidamente aparelhada para qualquer operação de alta e baixa cirurgia.


Instalada com todo rigor da ciência e higiene, tinha ainda anexo uma farmácia própria, dirigida por competente farmacêutico.


Milhares de pessoas durante o ano procuravam a conceituada clinica e ali se submetiam a exames, curativos e consultas.


A clinica do Dr. Emílio Welke era uma das mais importantes do estado do Rio Grande do Sul.


Airton Engster dos Sasntos

Colaboração: Jorge Scherer, Lilia Ruwer e Belkis Carolina Calsa